CRIANÇA INTERNA x EGO
Aprendemos no artigo anterior que criança interna é a nossa parte infantil, emocional, inocente, brincalhona e alegre. E que o adulto é a nossa parte madura, responsável, confiante, segura. Ambas são partes energéticas nossas. E o ego, onde se encaixa?
Pra falar de ego, precisamos voltar um pouco no tempo e falar do pai da psicanálise, Freud.
Freud, nas suas teorias, dividiu nossa mente em três instâncias psíquicas: o id, o ego e o superego:
Ego é o mediador, o intermediário entre o ID e o Superego – seria o ponto de equilíbrio da nossa mente. O ego regula ambos instintos:
– os primitivos do ID (imagina se vivêssemos todos sem filtro e fizéssemos o que desse na telha? Isto seria o ID) e
– os instintos controladores do Superego (aquele freio que impõe limites rígidos. Este senhor da rigidez e do controle é o Superego).
Um ego equilibrado funciona como um mediador – não ignora e nem dá muita trela – nem para o ID, nem para o Superego.
Por contribuir para a construção da personalidade humana, ele é tão importante. Mas quando se fala em ego de uma forma pejorativa, a que se refere?
Geralmente, quando se fala que tal pessoa é puro ego, tem ego inflado, é egóica, vive no egocentrismo… usando a palavra ego de forma negativa, nos referimos ao lado desafiador dele:
– poder (o ego acha que pode tudo)
– centro do mundo (egocentrismo)
– excesso de importância que ele pode se dar, achando que tudo diz respeito a ele, que o mundo gira em torno dele e mais: as pessoas estão a serviço dele
– competitividade (acha que a vida é uma competição eterna e só ele pode ganhar; quando o colega ganha, ele fica #chatiado)
– orgulho e vaidade (nem precisa explicar, né?)
– superioridade (se acha melhor do que os outros)
E onde o ego e a criança interna ‘se encontram’?
O ego começa a se desenvolver com os impulsos primitivos da criança. Mais especificamente quando esta criança nasce e começa a aprender as dinâmicas simples da vida.
Com o passar dos anos, considerando o ambiente em que ela vive, a sociedade e a educação dos pais, entra o superego lapidando este ser com os devidos filtros e limites.
E assim caminhamos em direção à vida adulta: impulso por um lado, controle por outro, experiências de vida e muita transformação.
A vida é puro movimento, assim como nossa mente e o debate que acontece o tempo todo dentro dela entre pulsão, mediação e repressão (id, ego, superego).