Criança interna é uma parte energética nossa. Nós somos feitos de partes: adulto, criança, luz, sombra. Pelo menos do ponto de vista energético é assim! No livro que psicografei com uma mentora espiritual (Pequeno Livro para Refletir), explicamos da seguinte forma:
“A criança interna é sua parte infantil, emocional, inocente, alegre, brincalhona, do seu ser. Essa sua parte é incondicional e amorosa. Mas é também sua parte frágil, que tem medo, se sente insegura, tem necessidade de ser vista e de ser ouvida. Toda vez que estiver se sentindo reativo, briguento, irritado, em negação (não querendo ver a realidade) e muito mais emocional do que racional, é sua criança interna dominando.
O adulto é a sua parte responsável, madura, decidida, menos reativa, autoconfiante, forte e corajosa. É quem precisa aprender a apoiar sua criança nas necessidades mais profundas dela de forma equilibrada e razoável.”
Importante termos em mente que esta nossa parte emocional chamada criança interna pode carregar feridas da época em que éramos criança efetivamente. E são estas feridas que você carrega até hoje no seu campo emocional.
Geralmente as feridas da criança interna giram em torno de abuso, rejeição, invasão, traição e sufocamento. Pessoas que fizeram parte da sua criação, pais, avós, tios, etc, mesmo que sem intenção (porque ninguém saudável mentalmente vai maltratar uma criança), criaram uma espécie de trauma ou impacto negativo quando você era pequeno. Por experiência, diria que mais de 1 trauma na verdade. E isso provavelmente reverbera até hoje em você. Muitas vezes te domina sem que você se dê conta disso.
Vamos aos exemplos:
Quando se teve pais muito críticos, ou pessoas muito julgadoras no nosso entorno na fase criança/adolescente, provavelmente buscaremos aprovação na nossa vida adulta, principalmente (mas não somente) nos relacionamentos amorosos.
Temos a tendência de querer aprovação o tempo todo, pois registramos isso na cabeça: “para ser amado preciso ser aprovado. Se não fizer o que a mamãe quer, ela não vai me amar.” O instinto de querer ser aprovado a qualquer custo permanece, mesmo depois de adulto. O que precisamos perceber é que esta ânsia por aprovação é uma forma de sabotarmos a nós mesmos.
Geralmente é assim que acontece: Você não consegue ficar sozinho, daí busca qualquer um para se relacionar e para te aprovar. No desespero, qualquer um que cair na rede é peixe, você começa a sair com qualquer coisa. Durante a aventura, muitos vão te ‘rejeitar’ porque nem todo mundo gosta de todo mundo. Normal. Nem você gosta de todo mundo também. Mas, quando alguém te rejeitar, sua ferida de rejeição aumenta, o que gera um impacto negativo em você. Por ex, se sentir inadequado, feio, incapaz de amar. Sua ansiedade aumenta. Aí você vai pro próximo da fila. Fica um tempo. Aí termina. Vai pro próximo. O ciclo é tão confuso, a gente percebe se meter em cada enrascada, que a gente passa a não se sentir especial, amável, digno de ter uma relação. E tudo piora dentro da gente.
O que fazer então?
Entender que a aprovação que você tanto quer, que você incessantemente busca fora, na verdade está dentro de você. Só você pode se aprovar. Não é possível que alguém dê isso a você. Preste atenção na sua autoestima, seria o primeiro passo. Você precisa – urgentemente – a se dar valor porque ninguém vai te dar se não enxergar isso em você. E, para enxergarem em você, precisa ter isso já reverberando. Em miúdos, você mesmo precisa se dar valor para alguém te dar valor. Fez sentido? Deu para entender?
Relacionamento, a priori, deve ser algo que tenha valor. Algo que você veja como valor e que a pessoa com quem você se relaciona também lhe dê valor. Qualquer situação contrária a essa não faz sentido, concorda? Se rastejar para ter atenção, não ser prioridade na vida do outro, são situações que não agregam valor. Pelo contrário. Geralmente ser a último da fila ou rejeitado nos causa sofrimento. Aí nos aciona o gatilho da rejeição da criança interna de que falamos no início do texto. Se lembram?
Tenha em mente que muitas pessoas vão gostar de você, do seu jeito, e outras tantas não vão gostar. E tudo bem. Não é possível agradar a todos. Não é nosso papel nos colocarmos à disposição do mundo inteiro para que todos gostem da gente. Nosso papel é nós gostarmos da gente mesmo e termos a coragem de sermos quem nascermos para ser. Isto sim é importante.
Quanto mais conscientes somos, mais completos nos tornamos. Nossas partes são nossas, fazem parte de quem somos, e quanto mais aceitarmos, mais felizes e saudáveis seremos. As feridas da criança interna podem ser muito profundas e precisam ser olhadas com carinho. Quando olhamos de frente para elas, as curamos. Não há trabalho mais lindo!
Conecte-se com sua criança interna e veja seu mundo desabrochar.
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